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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mago Valdívia está de volta ao Palmeiras. E aí?

O Al Ain, dos Emirados Árabes, já confirmou a rescisão contratual do meia Valdívia. Em seu site oficial, o clube indica, inclusive, o Palmeiras como destino do chileno. Ok, o sonho da torcida do Verdão está cada vez mais completo: Felipão no banco, Kléber e Valdívia em campo. De ídolos do passado é possível montar uma equipe competitiva para o futuro?

Há muito tempo o Palmeiras é, de longe, o clube mais saudosista do Brasil. Talvez pela falta de títulos importantes nos últimos anos, de um ídolo ao qual se apegar.

Para tentar satisfazer esses "anseios" de uma torcida apaixonada, porém frustrada, o Verdão tem montado projetos que parecem infalíveis. Assim foi com a Traffic/Luxemburgo, de 2008 a 2009, que valeu um titulo paulista. Agora é a vez de Luis Felipe Scolari.


Ainda que nomes de peso estejam sendo trazidos pela diretoria, o time do Palmeiras tem grave deficiência técnica em quase todos os setores do campo. E não só. Como se não bastasse, nem cobranças de pênaltis têm sido proveitosas para o time do Palestra Itália.

A chegada do Mago pode representar um novo começo. Só precisamos saber uma coisa: quem vem é o Valdívia de 2008, que chamava a responsabilidade e empolgava time e torcida rumo às vitórias, ou o Valdívia costumeiramente apagado em campo que vimos na seleção chilena, e em seus últimos jogos no Palestra há dois anos?

E mesmo que Valdívia chegue "tinindo", é bom a diretoria se apressar para satisfazer os desejos de contratações do técnico Scolari. Ver mais um treinador de ponta sair alegando falta de elenco seria vergonha demais para um clube tão grande.


Foto: divulgação Al-Ain, extraída do Lancenet!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Análise do jogo Santos X Vitória, final da Copa do Brasil 2010

 Lucas Sposito
Contribuição para "Os Boludos"


Ontem tivemos a primeira partida das finais da Copa do Brasil, entre Santos e Vitória. O resultado (2-0 para o time da Vila) foi o esperado, mas não justo pelo que foi a partida. A equipe do Santos podia ter ganho de goleada, mas esbarrou em alguns problemas que vem tendo ultimamente.

Em primeiro lugar, o sistema defensivo foi inquestionável, até porque o próprio Vitória não assustou. Zagueiros seguros, laterais sem muito trabalho, e liberdade para os volantes jogarem soltos. E que volantes! Arouca e Wesley mostraram mais uma vez porque formam uma dupla tão consistente tanto na marcação, como na distribuição de bola e articulação do meio campo.

À frente deles, Paulo Henrique Ganso, que dispensa comentários. Além de jogadas de habilidade e dribles desconcertantes, é impressionante a quantidade de vezes que ele deixa seus companheiros na cara do gol.  Foi lá que o Santos encontrou a maior dificuldade para golear a equipe do Vitória. O trio de ataque santista, composto por André, Neymar e Robinho, e também os reservas Zé Eduardo e Marcel, perderam uma quantidade de gols assustadora.

Algumas dessas chances por falta de sorte, como as duas chances de Zé Eduardo no final da partida, outras por querer marcar golaço, como dois chutes de Robinho de dentro da área para fora do gol.  E a chance que mais chamou atenção no jogo. O pênalti de Neymar, já que ele queria aparecer mais que os outros 10 atletas do Santos, que davam a garra em campo; e ele conseguiu. Passou vergonha ao tentar a cavadinha contra o goleiro Lee.

Ao fim da partida, Dorival disse que Neymar continua sendo o batedor oficial. O atleta não precisa só aprender a bater pênaltis sem fazer graça, mas também a ter maturidade. Como o comentarista Neto disse no mês passado: "Neymar precisa deixar de querer ser artista sem jogar bola, porque jogando a bola que ele sabe, ele é um artista."

Provavelmente, um gol santista no Barradão decide a Copa do Brasil, e o Santos tem potencial suficiente até para vencer facilmente o Vitória na Bahia. As alterações necessárias são poucas.
Além das voltas de Edu Dracena e Léo, que estavam suspensos, a alteração mais provável é a saída de André, que não tem atuações consideráveis desde que foi vendido, e, na minha opinião, Marquinhos faria a diferença nesse segundo jogo, principalmente taticamente, tirando um jogador desmotivado e paradão por um jogador que pode fazer a diferença criando boas jogadas.

Além da mudança tática que aconteceria, dando mais força no meio campo e não deixando Ganso sobrecarregado ou a defesa desprotegida em caso dos volantes saírem. Provavelmente essa será a fórmula final de um time campeão. Não há o que comentar do time do Vitória hoje, pois ele não deu as caras na Vila Belmiro.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Jucilei: a surpresa de Mano Menezes


O técnico Mano Menezes foi apresentado ontem como treinador da Seleção Brasileira e já convocou 25 jogadores para a disputa de um amistoso contra o EUA, dia 10 de agosto. Alguns nomes, como Ganso e Hernanes, já eram de se esperar, mas um nome surpreendeu: Jucilei.

O volante do Corinthians é um bom jogador. Se posiciona bem, sabe sair jogando e consegue fazer a bola girar no meio campo. Além disso, consegue atuar como lateral-direito.

Um dos motivos para o espanto com essa convocação é o fato dele ser reserva no Corinthians nas últimas partidas. Após a eliminação da Libertadores, o Corinthians jogava com Ralf, Elias e Danilo. Agora, joga com Ralf, Elias, Danilo e Bruno César.

Note que Elias aparece como titular em ambas as formações e não foi convocado. A explicação pode ser que Jucilei é jovem e tem idade olímpica, mas existe uma outra teoria que já aconteceu na Seleção.

Em 2008, o técnico Dunga convocou o atacante Afonso Alves, que na época era artilheiro do Campeonato Holandês. Fez oito partidas, entrou em três, o suficiente para poder disputar o Campeonato Inglês. Resultado: Negociado para o modesto Middlesbrough (o centroavante foi mal e o clube acabou rebaixado).

Pode parecer teoria da conspiração, mas nada exclui que a convocação de Jucilei seja um esquema de negociação, algo que todos sabemos que existe no meio futebolístico. O tempo dirá se isso se confirma ou se o jogador é, de fato, jogador de seleção.


Fotos: Mano Menezes - Divulgação/Vippcom
           Jucilei - Eduardo Viana/Lancenet

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ricardo Oliveira aparece como solução no São Paulo

O retorno do atacante Ricardo Oliveira foi confirmado na última sexta-feira (23). O jogador,que tem vínculo com o Al-Jazira, dos Emirados Arabes, fica no Morumbi emprestado por um ano. Alguns acreditam que ele pode ser a solução para os problemas do clube, que vive má fase (ainda não ganhou depois do recesso da Copa).

O centroavante já vinha se recuperando de uma cirurgia no joelho no centro de treinamento do Tricolor, fato que acabou facilitando a negociação. Além disso, Ricardo teve uma boa passagem pela equipe em 2006. Veio justamente para disputar a Libertadores, fez oito jogos e cinco gols. Houve uma polêmica na época, pois o empréstimo acabava antes da partida final, diante do Internacional, e muitos atribuem a derrota pelo fato do jogador não ter atuado.

Bom jogador, mas não é no ataque que o São Paulo tem problemas. Entre Dagoberto e Fernandão, fica difícil colocar o atleta no time. O grande problema é a defesa, que não vem rendendo e toma gols de equipes teoricamente fracas, como o Vitória. Mas o problema fica para o técnico Ricardo Gomes (se ele aguentar no cargo).

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Zagueiros das equipes paulistas vivem má fase dentro de campo

Edu Dracena, Chicão e Miranda; três zagueiros que são considerados os melhores do Brasil na posição estão passando por um mau momento dentro das quatro linhas. As atuações destes jogadores vem sendo abaixo do esperado, com diversos erros (alguns até comprometendo o resultado da equipe).

Começando pelo líder, o Corinthians vem de vitória sobre o Atlético-MG, por 1 a 0, e derrota para o Atlético-GO, por 3 a 1. O camisa 3 alvinegro, Chicão, que sempre foi um exímio cobrador de faltas e penalidades, acabou perdendo pênaltis nos dois jogos. No último, também foi mal no quesito de posicionamento de defesa.

Já Miranda, convocado diversas vezes para defender a seleção brasileira, sempre foi a alma da defesa são paulina. Depois de más apresentações, perdendo bolas aéreas e recuperações contra atacantes, o zagueiro já tem a titularidade contestada.

E o Edu Dracena, do sensacional Santos do primeiro semestre, sumiu junto com o time. Um dos poucos na defesa que mostrava consistência defensiva, é outro que vem falhando seguidamente. Resultado: o Peixe ainda não venceu no retorno da Copa do Mundo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Deve ser ele...


Luis Antônio Venker de Menezes, 48 anos, de Passo do Sobrado, Rio Grande do Sul. Para você este nome não deve ser particular e nem deveria. Porém acredite que ele é o mais cotado técnico para assumir o comando da seleção brasileira.

Ele é um ex-zagueiro de times amadores e da segunda divisão do Campeonato Gaúcho pelo Guarani-RS. Ainda não sabe quem é? Hoje ele é o atual técnico do Sport Club Corinthians Paulista. Agora sim né... é ele mesmo o tranquilo Mano Menezes.

A carreira como treinador profissional começou no mesmo Guarani-RS. Ganhou notoriedade em 2004 pela sua boa campanha na Copa do Brasil, no comando do 15 de novembro. Depois foi transferido para o Caxias onde ficou até 2005.

Depois teve a missão de “subir” para a elite do Campeonato Brasileiro com o Grêmio. Superou todas as expectativas e chegou à final da Copa Libertadores aonde sucumbiu para o Boca Jrs.

Com essa boa campanha teve outra missão ingrata. Desta vez quem ele deveria recolocar na elite era o Corinthians. Outra vez fez uma grande campanha, tão boa que está há praticamente três anos e já acumula três títulos (Campeonato Brasileiro da Série B, Campeonato Paulista e Copa do Brasil).

Agora o gaúcho simpático que pouco discute com os jornalistas está próximo de assumir a seleção pentacampeã do mundo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Espanha confirma que é a melhor seleção do mundo



Nunca se pode contestar uma seleção quando esta é campeã do mundo. Apesar de ser o torneio que premia o melhor do mês, são poucos os que conseguem o feito. Mesmo assim, ao fim das duas últimas Copas, não lembro de ter saído com a sensação de que venceu a melhor equipe do planeta. A Espanha de 2010 me deu esse sentimento.

O Brasil de 2002 se classificou nas eliminatórias sul-americanas no sufuco e foi um time que venceu graças ao talento de dois jogadores e com o mérito de um sistema defensivo com três zagueiros e dois volantes. A Itália de 2006 então, nem se fala. Um time super-defensivo, que jogava no erro do adversário, e tinha apenas três talentos individuais, sendo que um deles era reserva (Pirlo, Totti e Del Piero, com o juventino no banco).

Em 2010 foi diferente. Venceu a melhor. A Espanha vem sendo a melhor desde 2008, quando venceu a Eurocopa. De 2007 para cá, uma campanha irrepreensível, com 50 vitórias, três empates e duas derrotas em 55 partidas. Isso mesmo. Duas derrotas. Aproveitamento de 92,7% (considerando que a vitória vale três pontos e o empate um).

Pode-se até contestar que os espanhóis não tiveram o melhor futebol da Copa, já que a Alemanha teve um grande desempenho ao golear fortes adversários, ao passo que time dirigido por Vicente Del Bosque venceu todos os jogos do mata-mata por 1 a 0, sendo que a final foi somente na prorrogação. Mas acho que a discussão perde sentido após assitir a partida semifinal, quando a equipe de Xavi e Iniesta demosntrou todas as suas qualidades e acabou com jovem seleção de Joaquim Low.

Qualidades estas que vem sendo mostradas desde 2008, quando o trabalho foi iniciado pelo técnico campeão da Euro, Luis Aragonés. O esquema é o mesmo que muitas seleções utilizaram nesta Copa, o 4-2-3-1. A diferença é que os espanhóis valorizam a posse de bola, movimentam-se todo o tempo e os volantes saem para o jogo com qualidade, caracteristica não tão comum em outras equipes (que o digam os nossos Gilberto Silva e Felipe Melo).

Além disso o time de Del Bosque marca por pressão e muitas vezes rouba a bola no campo de ataque. Ao fazer isso, pega o adversário desarrumado e está muito mais perto do gol.

Os espanhóis tiraram o peso das costas. A seleção era sempre conhecida por amarelar nos momentos decisivos. Dessa vez não. E esse time, além dos títulos ganhos e do aproveitamento inacreditável, é o melhor que o país já teve. Um goleiro que está entre os melhores do mundo há anos, laterais que não comprometem, zagueiros de velocidade e qualidade, o melhor meio-campo do mundo e atacantes letais. Um bom banco de reservas. Uma equipe que não se intimida, venha quem vier. Quem impõe seu jogo, ao pegar a bola e a controlar na maior parte do tempo.

Comparando com as touradas, bastante comum na Espanha, a seleção espanhola chama o touro para dançar. Por aqui, por ali. De um lado para o outro. Quando menos se espera vem o golpe. E novamente o touro é chamado para o bailado. Entre uma tourada e outra, o touro golpeia e, por distração ou azar, o toureiro as vezes sai derrotado. Estados Unidos, na Copa das Confederações, e Suiça, na primeira partida desta Copa, foram os touros que obtiveram sucesso contra a Espanha nestes últimos dois anos. Nem por isso o toureiro perdeu a pose e mudou seu estilo. Nem deveria.

A vitória espanhola levanta outra questão. Ao se perceber o fracasso de gigantes como Itália e Inglaterra, logo se percebe que a globalização impede o surgimento de novos talentos nestes países, recheados de atletas de todos os cantos do planeta. Na Espanha não é muito diferente, exceto no Barcelona. A melhor equipe do mundo (isso é discussão para outra oportunidade) privilegia as categorias de base. Do time titular barcelonista, sete são espanhóis, quantia inimaginável nas outras potências európeias. Isso se reflete na seleção, onde seis titulares da final (tirando David Villa, contratado para esta temporada) são do clube de Pep Guardiola.

Enfim, a vitória da Espanha foi uma vitória do futebol. Venceu quem jogou bonito, quem apostou na técnica, no ataque, no talento. Quando olharmos para trás, veremos que ganhou a melhor. Com certeza será uma das melhores lembranças dos anos 2000.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Apaixonados ou loucos?


Apaixonados e loucos. Acredito que todo mundo tenha pelo menos um pouco dessas qualidades, ou desses defeitos. Os jornalistas talvez tenham um pouco mais. Trabalhamos por horas a mais, não ganhamos tanto quanto achamos que merecemos, e a realidade não é aquela que a gente imaginava. Enfim, nunca estamos satisfeitos. E mesmo assim seguimos na profissão.

Os jornalistas que gostam de futebol talvez contem com um pouco mais destes dois adjetivos. E ficam orfãos após o fim de uma Copa do Mundo. Colocamos o relógio para despertar para assistir Coréia do Sul e Grécia na maior felicidade, torcemos para o Brasil e escolhemos outra seleção além da nacional (eu sempre torci para a Espanha, sem sacanagem).

Torcemos para os jogadores que mais nos agradam, desde o Messi até o Honda. Torcemos por treinadores. Torcemos mais do que nunca para o bolão do qual participavámos. Nos emocionamos com a emoção de quem não temos nada a ver. Cansamos de ver a mesma cena, seja ela um gol, uma defesa ou uma comemoração.

Para nos alegrar, percebemos que a próxima será aqui perto de nós. e hoje claramente me veio uma preocupação, que acredito que possa ser comum a muitos outros na mesma situação que eu. Assiti a Copa por diversos meios de comunicação. Vendo caras como Galvão Bueno e José Trajano se emocionando, e vendo que eu quero ser jornalista muito em parte por causa do futebol, me perguntei: Onde estarei em 2014?

Sim, porque assim como eu, milhões de pessoas desejam estar no mesmo lugar. Conheço gente de sucesso na profissão, assim como sei de pessoas que simplesmente abandonaram o sonho após ver que não era possível.

A minha preocupação é semplismente a realidade de uma Copa do Mundo. É tristeza para uns, felicidade para outros. É emoção, é razão. É lutar pelo objetivo, é sorte. Tomare que tudo de certo para quem corra atrás. O bom é que, diferente de uma Copa do Mundo, não é apenas um que vence, apesar da concorrência ser enorme.

Apaixonados ou loucos? Sei lá.

Forlán eleito o melhor jogador da Copa do Mundo 2010

O atacante uruguaio Diego Forlán foi eleito o craque da Copa do Mundo 2010 , com 23,4% dos votos dos jornalistas credenciados da FIFA. A votação durou até o último minuto da final, diferentemente dos outros anos, que era decidido antes da partida.

O jogador levou o Uruguai ao 4º lugar e marcou 5 gols. Só não foi artilheiro da competição no critério de desempate (Thomas Müller, da Alemanha, teve mais assistências).Um detalhe importante foi jogar em um time que, depois de um empate ridículo diante da França, se esforçou e jogou com o coração.

Além disso, fez gols bonitos e jogou para o time. Justo? talvez. Eu, particularmente, considero o Sneijder, da Holanda, mais importante para a seleção. Praticamente levou a equipe para a Final sozinho e cresceu nos momentos difíceis. Também tem uma aplicação tática impressionante, ajudando muito na marcação na final.

Enfim, parabéns ao Forlán e parabéns mais que merecidos à Espanha, melhor seleção desde 2008.

Peço desculpas oficialmente pela falta de postagens. Teremos um conteúdo muito especial nos próximos dias, aguardem!