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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Análise do jogo Santos X Vitória, final da Copa do Brasil 2010

 Lucas Sposito
Contribuição para "Os Boludos"


Ontem tivemos a primeira partida das finais da Copa do Brasil, entre Santos e Vitória. O resultado (2-0 para o time da Vila) foi o esperado, mas não justo pelo que foi a partida. A equipe do Santos podia ter ganho de goleada, mas esbarrou em alguns problemas que vem tendo ultimamente.

Em primeiro lugar, o sistema defensivo foi inquestionável, até porque o próprio Vitória não assustou. Zagueiros seguros, laterais sem muito trabalho, e liberdade para os volantes jogarem soltos. E que volantes! Arouca e Wesley mostraram mais uma vez porque formam uma dupla tão consistente tanto na marcação, como na distribuição de bola e articulação do meio campo.

À frente deles, Paulo Henrique Ganso, que dispensa comentários. Além de jogadas de habilidade e dribles desconcertantes, é impressionante a quantidade de vezes que ele deixa seus companheiros na cara do gol.  Foi lá que o Santos encontrou a maior dificuldade para golear a equipe do Vitória. O trio de ataque santista, composto por André, Neymar e Robinho, e também os reservas Zé Eduardo e Marcel, perderam uma quantidade de gols assustadora.

Algumas dessas chances por falta de sorte, como as duas chances de Zé Eduardo no final da partida, outras por querer marcar golaço, como dois chutes de Robinho de dentro da área para fora do gol.  E a chance que mais chamou atenção no jogo. O pênalti de Neymar, já que ele queria aparecer mais que os outros 10 atletas do Santos, que davam a garra em campo; e ele conseguiu. Passou vergonha ao tentar a cavadinha contra o goleiro Lee.

Ao fim da partida, Dorival disse que Neymar continua sendo o batedor oficial. O atleta não precisa só aprender a bater pênaltis sem fazer graça, mas também a ter maturidade. Como o comentarista Neto disse no mês passado: "Neymar precisa deixar de querer ser artista sem jogar bola, porque jogando a bola que ele sabe, ele é um artista."

Provavelmente, um gol santista no Barradão decide a Copa do Brasil, e o Santos tem potencial suficiente até para vencer facilmente o Vitória na Bahia. As alterações necessárias são poucas.
Além das voltas de Edu Dracena e Léo, que estavam suspensos, a alteração mais provável é a saída de André, que não tem atuações consideráveis desde que foi vendido, e, na minha opinião, Marquinhos faria a diferença nesse segundo jogo, principalmente taticamente, tirando um jogador desmotivado e paradão por um jogador que pode fazer a diferença criando boas jogadas.

Além da mudança tática que aconteceria, dando mais força no meio campo e não deixando Ganso sobrecarregado ou a defesa desprotegida em caso dos volantes saírem. Provavelmente essa será a fórmula final de um time campeão. Não há o que comentar do time do Vitória hoje, pois ele não deu as caras na Vila Belmiro.

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